19 setembro 2009

Assim não dá! Planejar aulas divertidas
É fato que muitos alunos não se interessam em prestar atenção no que é exposto pelo professor e em se dedicar a certas tarefas. Não é por isso que o educador deve optar por fazer brincadeiras para chamar a atenção da turma nem apresentar um tema de maneira divertida, cantando músicas e fazendo piadas ou outras graças. Até mesmo porque, na maioria das vezes, atividades disfarçadas de divertimento objetivam que a criança somente acerte e não que reflita e elabore um conhecimento. Isso endossa ainda mais a (falsa) ideia de que aprender é algo desagradável e, como um remédio ruim, só é aceito se disfarçado com algum doce. Na verdade, aprender (tal como ensinar) é difícil e requer atenção e dedicação, duas coisas que são incompatíveis com a distração. O tempo que o professor dedica à elaboração das aulas tem de ser aproveitado ao máximo para organizar atividades que garantam uma boa situação de aprendizagem e sejam interessantes e desafiadoras por si próprias. É papel do educador fazer os alunos colocar em jogo o que já sabem e o que pensam sobre o conteúdo em questão e desafiá-los a resolver problemas e tomar decisões a respeito do que é preciso produzir. É igualmente importante que a organização da tarefa garanta a máxima circulação de informações possível entre a turma e o professor e entre os próprios estudantes e que o tema explorado não seja um objeto escolar sem significado social.

Consultoria Telma Weisz, supervisora pedagógica do Programa Ler e Escrever e coordenadora da pós-graduação em Alfabetização do Instituto Superior de Educação Vera Cruz.
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/planejar-aulas-divertidas-496265.shtml

Um comentário:

  1. Olá, Professora. Adorei o texto e o post no geral. O trecho que fala da importancia e so significado social dos conteúdos é de vital importancia. Acredito que quando os alunos são inseridos dentro do real contexto do uso das informações que aprende na escola o "aprender" deixa de ser uma burocracia ligada a nota para passar de ano e passa a encontrar reflexo na vida do estudante.
    As disciplinas curriculares carecem modificar-se de meros conteúdos para avaliações vestibularescas em experiencias de vida. Escola é para a vida e não para concursos e enens.
    As provas de hoje avaliam o aluno objetivando não a transmissão de conhecimento, mas a exclusão dos que possuem baixo rendimento. Uma prova bem elaborada é sobretudo um meio de estímulo à articulação e à criatividade intelectual.
    Parabéns pelo blog!

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